Ameaça de rompimento de barragem tira centenas de moradores de casa

Mais um fim de semana de apreensão em Minas Gerais, quase um mês depois do crime ambiental de Brumadinho. Desta vez a sirene de uma barragem tirou de casa os moradores de São Sebastião das Águas Claras, conhecida como Macacos, na região metropolitana de Belo Horizonte.

 

Risco de desmoronamento de nova barragem

Depois do pânico a revolta. No bairro Capela Velha, os moradores tiveram direito de ir e vir limitado pelo risco de rompimento de mais uma barragem.

Em todo o distrito de São Sebastião das Águas Claras, os acessos foram bloqueados. Quem precisava sair para Belo Horizonte usava táxis ou vans fretadas pelo Vale.

O padeiro Edson Nolasco lamenta o risco de ficar sem mercadorias. “Não podemos ir comprar mercadoria. As pessoas não podem vir pra cá. Então, se locomover não tá sendo possível e até quando vai ser isso? Nós queremos respostas, porque já tá faltando por vir tá faltando polvilho, tá faltando trigo, ovos, óleo. E eu teria que sair hoje pra comprar e não posso sai!”.

Sem ajuda da Vale e desemprego

Macacos é um lugar famoso pelo turismo e pela tranquilidade. Mas o clima por aqui mudou, os moradores estão com medo do rompimento da barragem B3 e B4 da Mina Marazul da Vale. Desde sábado quando as sirenes tocaram, 110 pessoas foram retiradas das áreas de risco.

O som foi um aviso que a barragem teve o nível de segurança elevado para o nível 2, de risco alto. O local está sendo monitorado de hora em hora, mas para quem estava no distrito isso não alivia o pânico.

Pousadas, restaurantes, e o comércio, estão mais vazios desde o final de semana. “O prejuízo a gente não consegue nem estimar porque, com certeza é um prejuízo grande. Todo mundo vive do comércio. Vai ter muita gente sem emprego”,  finaliza a arquiteta Vera Lúcia.

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