Liderança do MTST denuncia tiros com arma de fogo contra ocupação de SBC

Uma das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos denunciou que foram disparados tiros de arma de fogo contra a ocupação de São Bernardo do Campo, no grande ABC.

A ocupação Povo Sem Medo, de São Bernardo do Campo, sofreu um ataque a tiros na tarde deste sábado (16). Os disparos vieram de um condomínio de alto padrão que fica ao lado do terreno. Audinei Serapião da Silva foi atingido com um tiro no braço e socorrido no pronto socorro central da cidade. Ele foi operado para que houvesse a retirada do projétil e passa bem, permanecendo em observação até este domingo.

“Atitudes criminosas de intolerância como esta só agravam o conflito”, diz o movimento em nota publicada em sua página no Facebook. “Exigimos a identificação e punição do autor do atentado.”

Guilherme Boulos, líder do movimento, afirmou em vídeo que a hostilidade dos vizinhos tem sido frequente. “Estão atirando coisas dos prédios, atiraram com armas de fogo. Se pensam que com isso vão fazer o MTST recuar, que vão intimidar a luta por moradia, estão profundamente enganados”, disse. “A Ocupação Povo Sem Medo em São Bernardo não vai recuar um passo por conta dessas atitudes fascistas, intolerantes e criminosas de cidadãos que se vestem e se vendem como cidadão de bem. A ocupação é uma luta legítima por moradia e por um direito social.”

“O responsável, em última instância, pelo ataque criminoso é o prefeito Orlando Morando, que está apostando no conflito, em uma guerra, não quer solução negociada e está insuflando pitbull fascista do setor mais conservador e reacionário da cidade de São Bernardo”, disse ainda Boulos. O prefeito da cidade, do PSDB, se posicionou de forma favorável à construtora MZM, dona do terreno de 60 mil metros quadrados e que está sem uso há 30 anos.

Em nota, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann. “Causa-nos indignação conviver com a intolerância e a violência que sustentam a desigualdade social no nosso País. Ainda mais quando essa violência é alimentada pela intransigência institucional em dialogar com o movimento social e negociar uma saída justa e pacífica para o impasse por parte da Prefeitura de São Bernardo do Campo. É uma atitude inconsequente, desrespeitosa e omissa não assumir o drama da exclusão social como responsabilidade do poder público.”

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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