Maria da Penha, cobra governo por defesa das mulheres

Encontro em São Paulo tem presença de Maria da Penha,mártir da luta contra a violência e o feminicídio.Ela pede mais efetividade do governo Bolsonaro na ampliação da medida, aprovada em 2006. Entre os palestrantes, o triste relato de uma vereadora paulista que perdeu uma perna em ação violenta do próprio pai.

Agressão começou na infância

Rosângela perdeu uma perna por causa da violência doméstica praticada por seu pai. “Infelizmente ele era alcoólatra e aos dois anos de idade ele me colocou no para-lama do trator em uma descida eu cai. A roda traseira do trator esmagou uma parte da minha perna e na época ele não entendeu o acidente que tinha acontecido e acabou me abandonando. Sofri muito agressão doméstica por parte do meu pai. Não só eu, minha mãe e meus irmãos também foram vitimas”, relatou a vereadora de Cajai /SP, Rosângela Aparecida Rodrigues (PSD).

 

Lei Maria da Pena deu fim as agressões

As agressões diminuíram e pararam quando a Lei Maria da Penha foi criada em 2006. Com a medida os vizinhos passaram a pressionar o pai de Rosangela e alertar que poderia ser denunciado e preso.

“A gente conseguiu se livrar das agressões por conta que ele se sentiu meio que coagido após a criação dessa lei. As pessoas começaram a fala e por medo ele começou a diminuir as agressões até abandonar a nossa casa. Passamos muita fome e chegamos a revirar o lixo de sacolão, de padaria para poder come”, acrescentou Rosângela.

 

Políticas Públicas para acolher as mulheres

Maria da Penha participou nesta sexta-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher, da mesa de debate sobre violência doméstica no Memorial da América Latina, em São Paulo. Intitulado como “O futuro da mulher no mundo do trabalho” o evento discutiu a importância das políticas públicas para que a mulher tenha acesso a direitos básicos como: segurança e autonomia financeira.

“Eu diria que a mulher precisa ser fortalecida através de uma política pública que a Lei Maria da Penha requer que é o centro de referência da mulher. Neste local a mulher vai ser atendida por uma equipe de profissionais que vai esclarecer as duvidas e direitos e discutir a relação daquela mulher para juntos tomarem um posicionamento que favoreça a mulher sair daquela situação”, disse a inspiradora da Lei, a Maria da Penha Fernandes.

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