Melhor e Mais Justo: Câmara do Golpe

Um espaço que deveria respirar Democracia e ter a maior representatividade popular da República transformou-se na casa do fisiologismo político escancarado. Um lugar onde interesses inconfessáveis, quase sempre, se sobrepõem ao bem comum. Na estrutura do estado brasileiro, o legislativo tem poder crucial para construir ou obstruir avanços.

Nos 17 meses sob a presidência de Eduardo Cunha, grande parte dos 513 Deputados que compõem a Câmara Federal curvou-se às ordens de barrar as pautas propostas pela Presidenta eleita Dilma Rousseff. Assim, as dificuldades na economia viraram crise econômica, e gerou-se uma crise política de graves proporções.

Foi o próprio Eduardo Cunha quem conduziu a abertura do fraudulento Processo de Impeachment que, no plenário da Câmara, culminou em um espetáculo grotesco. Logo depois, no início de maio, Ministros do Supremo Tribunal Federal suspenderam o mandato parlamentar de Cunha e o afastaram por tempo indeterminado da presidência da Câmara. O cargo ficou, interinamente, por conta do até então pouco conhecido Waldir Maranhão.

Na semana passada, com a renúncia da presidência por Eduardo Cunha, numa negociata que tenta salvar seu mandato de Deputado e garantir os interesses do governo ilegítimo, articulações e composições começaram a ser alinhavadas para eleger um novo presidente da Câmara Federal. Em que medida essa mudança impactará a política brasileira? Essa é a conversa no Melhor e Mais Justo.

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