No Rio de Janeiro, Festa Literária leva poesia à comunidade do Vidigal

A sexta edição da Festa Literária das Periferias, a FLUP, leva à comunidade do Vidigal, na zona sul da capital carioca, uma reflexão sobre revoluções, aproveitando os 100 anos da revolução russa e os 50 anos do movimento libertário de 1968. A poesia é o destaque de hoje.

No Vidigal, Festa Literária das Periferias faz reflexão sobre revoluções históricas

São Paulo – A sexta edição da Festa Literária das Periferias (Flup), se encerrou nesta quarta-feira (15). O evento levou à comunidade do Vidigal, na zona sul da capital carioca, uma reflexão sobre revoluções, aproveitando os 100 anos da revolução russa e os 50 anos do movimento libertário de 1968, marcado pela rebeldia dos estudantes na Europa.

Com o objetivo de promover debate, produzir e ampliar o poder da literatura, a Flup é considerada o ápice de um processo de formação de leitores e autores das periferias, servindo como plataforma de divulgação da produção literária das favelas.

“Não se chega na favela dizendo ‘olha, agora, eu quero que vocês escrevam e vocês vão escrever’. Eu chego na favela propondo livros porque existem as pessoas escrevendo. A gente está falando de um Brasil escolarizado, em que as cotas estão virando doutorado”, explica Julio Ludemir, idealizador e organizador, em entrevista à repórter Viviane Nascimento, da TVT.

A sexta edição da feira que trouxe para o Vidigal mais de 40 escritores brasileiros e estrangeiros, que debateram o tema das revoluções que transformaram o mundo. Mas para quem mora na região, a Flup em si já é uma grande revolução: a de fazer pensar que todos são iguais.

“É uma ponte de possibilidades de sonhos onde as pessoas encontram dentro da Flup uma autenticidade de ser humano, de vida, de humanidade, de que as diferenças estão do lado de fora”, diz Guti Fraga, diretor de Teatro “Nós do Morro”.

O evento que começou no último dia 10. Entre revoluções e revolucionários, um dos homenageados foi dramaturgo e ator Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, fundador do Centro Popular de Cultura, órgão cultural da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Grupo Opinião.

Segundo Julio, o Brasil está vivendo um momento delicado do ponto de vista da liberdade de expressão. “Precisamos, no ambiente popular, em uma favela, afirmar a necessidade de liberdade em todos os campos da vida”, afirma.

Fonte: Rede Brasil Atual

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