Programas de Redução de Danos no Mundo

Nas últimas semanas, assistimos ao terror vivido pelos moradores da Cracolândia, em São Paulo.

O poder público tem tratado a população de dependentes químicos da região como algo a ser combatido, quando a realidade diz o contrário – são pessoas que necessitam de acolhimento e essa omissão do Estado acaba custando caro para todo mundo.

Afinal de contas, já existe um consenso sobre a dependência química: trata-se de um problema de saúde pública e não de polícia.

O Brasil é o quarto país com maior número de prisões na América Latina relacionadas às drogas (25,9%).

Em 2014, 146 mil pessoas foram presas no país, por delitos relacionados às drogas.

Tornando assim o Brasil o 4º país com maior população carcerária no mundo.

Na gestão Fernando Haddad frente à Prefeitura de São Paulo, foi criado o programa De Braços Abertos, para oferecer medidas de recuperação menos invasivas, com oferta de emprego e moradia.
Apesar das críticas frequentes, o programa conseguiu ter mais de 80% de aproveitamento. Em 2016, o programa já contava com 416 beneficiários e 88% deles diminuíram o uso do crack.

O uso de drogas gera U$ 330 bilhões por ano, dinheiro que não vai para o Estado, mas sim para traficantes e políticos, através de propinas.

A criminalização das drogas sustenta uma rede enorme, que promove o crescimento da violência, principalmente nas populações pobres, mais vulneráveis às drogas como um todo.
Políticas de redução de danos tem demonstrado ser a melhor saída para reduzir o consumo de drogas.

Ainda é necessário muito estudo sobre o assunto, mas a Europa e alguns países das Américas já adotaram esse tipo de política pública e começam a demonstrar resultados positivos, confira alguns desses países que adotaram medidas de redução de danos para o combate ao consumo de drogas.

* Dados: ITTC

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