Reforma da Previdência de Bolsonaro significa trabalhar até morrer

O governo Jair Bolsonaro (PSL) divulgou na última sexta-feira (15) a definição da idade mínima para aposentadoria na proposta de reforma da Previdência: 65 anos para homens e 62 para mulheres. Segundo especialistas, essa escolha, combinada ao fim da aposentadoria por tempo de contribuição, prejudica milhões de trabalhadores.

 

Trabalhador precisa de descanso

Rodrigo tem 25 anos e começou a trabalhar bem jovem. A primeira carteira assinada foi aos 18 anos, só que a proposta de reforma previdenciária do governo Bolsonaro deixou a perspectiva de aposentadoria ainda mais longe.

 

“Eu devia ter uma contribuição de 35 anos pela carteira de trabalho para se aposentar mais rápido. O cara tem o direito de descansar também e viver a vida dele. Não só trabalhar”., disse o ajudante, Rodrigo Alves.

 

Tempo de contribuição proposto é um dos maiores problemas da reforma

Na proposta de Bolsonaro, para receber o valor integral da aposentadoria o tempo de contribuição passa para 40 anos. Já a idade mínima obrigatória será de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

De acordo com a economista, Marilane Teixeira, geralmente os mais pobres entram cedo no mercado de trabalho e serão bastante afetados.

“Elas abandonam a escola, não conseguem manter os vínculos escolares, e isso vai marcar toda a trajetória profissional dela. Provavelmente, é uma parte dessas pessoas vão viver a vida inteira trabalhando na informalidade no trabalho por conta própria você”, disse a economista.

A economista afirma ainda que as mulheres serão ainda mais lesadas com a reforma. “As mulheres que chegaram a 60 anos não vão conseguir ter 20 anos de contribuição. O ponto central desta discussão nem é a idade mínima, é o tempo de contribuição”.

 

Previdência não é deficitária

De acordo com o Sindicato dos Professores da Rede Privada do ABC, a categoria também será atingida pela reforma. O professor afirma que a previdência não é deficitária e o governo gasta o nosso dinheiro de forma errada.

 

Capitalização da Previdência não é viável

 

Tanto a economista quanto o professor destacam que a privatização da aposentadoria por meio da capitalização que é uma espécie de poupança individual será ruim para todos os trabalhadores.

“Ele vai escolher um banco ou um fundo de previdência privada e se oferecido, agora pergunta o seguinte: e se ele perder emprego? Se for demitido? Como é que vai manter esse regime de capitalização? Então são muitas perguntas que precisam ser feitas e que não são respondidas propositalmente porque elas de fato ele não tem respostas”, disse Marilane Teixeira.

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