Reforma da previdência de Bolsonaro será cruel para trabalhadores rurais

O governo de Jair Bolsonaro tem justificado a reforma da previdência com um discurso de que irá acabar com os privilégios. Mas, na verdade, os trabalhadores mais pobres que serão privados dos benefícios. O repórter Leandro Chaves mostra os impactos da reforma para quem trabalha no campo.

 

Proposta vai excluir segurados do campo

Injusta e excludente. É assim que Evandro José Morello, assessor jurídico da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares) avalia a proposta da reforma da previdência de Bolsonaro.

“É muito difícil você ter renda permanente anualmente para garantir contribuição para o sistema previdenciário, por isso que essa medida da fórmula proposta, a gente acha que ela vai excluir a maioria dos segurados especiais do sistema previdenciário”, disse Evandro José Morello.

Mulheres do campo serão ainda mais prejudicadas com reforma da previdência

Um dos pontos da proposta é igualar a idade mínima entre homens e mulheres em 60 anos. Hoje é de 60 anos para homens, e 55 para mulheres. O trabalho no campo é um trabalho penoso para homens e mulheres, mas as mulheres têm um trabalho extremamente intenso e exaustivo.

“Não é justo, por exemplo, o governo propor uma idade diferenciada para as mulheres em relação aos homens urbanos, e na área rural ele não reconhecer essa necessidade de diferenciação”, acrescentou Evandro José Morello.

Valor sobre venda de produção e aumento da desigualdade

O texto também propõe uma contribuição anual é obrigatória no valor mínimo de R$600 sobre a venda da produção.

O economista Rubens Sawaya explica que o modelo proposto da reforma da previdência atinge os mais pobres, e deve aumentar a desigualdade social no Brasil.

“Daqui a 5 anos, quando os trabalhadores começarem a sentir que eles não conseguem se aposentar, que os novos ainda mais com a reforma trabalhista não vão conseguir se aposentar vão ter uma renda muito baixa.

Daqui a 20 anos vamos ter empobrecimento muito maior da população mais pobre, e uma concentração de renda muito maior na mão dos bancos que é quem a previdência beneficia”, concluiu Rubens Sawaya.

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