Sindicatos reprovam redução de empregos na indústria de petróleo e gás

Fonte: Rede Brasil Atual

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo reprovam a decisão do governo de Michel Temer, anunciada na quarta-feira (22), de reduzir o conteúdo nacional nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás.

“Tal medida, decidida de forma unilateral e negando todas as tentativas de diálogo buscadas pelas entidades representativas dos trabalhadores e da cadeia produtiva, resultará unicamente na maior fragilização da indústria brasileira e no agravamento dos níveis de desemprego que temos no país”, afirmam os sindicatos por meio de nota divulgada hoje (2).

Segundo os sindicatos, a decisão afeta uma série de investimentos já realizados pela indústria fornecedora de máquinas e equipamentos, impactando negativamente as condições de retomada do crescimento econômico. “O caminho que defendemos é o fortalecimento da indústria nacional e da geração de empregos em nosso país, com a simplificação das regras vigentes, mas com a preservação das condições para que a capacidade instalada do nosso parque fabril seja devidamente considerada nas novas regras de conteúdo local, não apenas para a cadeia produtiva de óleo e gás, bem como todos os principais complexos industriais instalados no país.”

Os sindicatos também destacam que o Novo regime Automotivo, o Inovar Auto, é exemplo bem-sucedido da política de conteúdo local. “Desde que foi implementado em 2012, cerca de dez marcas de veículos que antes eram importadas passaram a ser produzidos no país. O carro nacional está mais moderno, seguro e eficiente”, afirmam.

“Indo além, consideramos impensável a retomada de uma trajetória virtuosa de desenvolvimento do país sem a devida valorização da atividade industrial no Brasil, por seu papel central na geração de recursos, empregos e inovação”, continua a nota.

“Mais indústria e mais empregos industriais são condições indispensáveis para que o Brasil tenha uma economia dinâmica e uma sociedade próspera. Defendemos, portanto, que a referida decisão seja revista e que os atores econômicos sejam ouvidos, para que se corrija o enorme equívoco anunciado”, finaliza a nota.

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