A pequenez de João Doria e o viaduto Marisa Letícia

Jornal GGN – Os petistas se exasperam quando menciono, de vez em quando, atos dignos cometidos por pessoas que pensam de forma diferente. Com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), é impossível. Ele e sua mulher, Bia Doria, conseguem sintetizar a pequenez, a mediocridade, a mesquinharia em estado líquido.

Bia teve uma vida humilde, começando como funcionária da Embratur por indicação política. A primeira – e única – entrevista dada, depois do marido eleito, foi um festival inédito de provincianismo, mostrando-se escandalizada por lhe perguntarem sobre as ruas do centro de São Paulo – ela, que só conhece os centros de Nova York, Londres e demais capitais europeias. “Educação popular? Ótima para melhorar o nível das empregadas domésticas.”

O marido não lhe fica atrás. Nem se fale do engodo de se apresentar como gestor. E atribuir o fato de jamais ter feito uma reunião conjunta de secretariado à conectividade: tendo o celular, pode fazer reuniões à distância.

Nas reuniões do Lide, que ele dirigia, era ridículo assistir à forma como se dirigia aos CEOs, tratando todos como alunos de colégio, dando broncas e ordens. Tudo bem, a casa era sua e cada CEO sabia o preço a pagar para se incluir na sua rede profissional.

O maior financiador do Lide é o dono da Gocil, o maior devedor da Previdência Social no estado de São Paulo e conhecido por suas jogadas políticas desde o governo Quércia. O Lide sempre foi um centro explícito de lobby.

Sua decisão de cancelar a inauguração do Viaduto que leva o nome de Marisa Letícia entrará para a história de São Paulo como a melhor definição de seu caráter. Provavelmente nem Paulo Maluf ousaria tanta mesquinharia contra uma pessoa.

Azar dele. Assim como os episódios do buquê de rosas jogado no chão e a resposta imbecil a Alberto Goldman, por exemplo, o episódio ajudará a reforçar ainda mais sua imagem pública de um almofadinha por fora e um estivador por dentro – com todo o respeito pela categoria dos estivadores.

Mas, enfim, é um alpinista social que sabe usar os talheres, mas desconhece princípios básicos de educação e urbanidade, que são a marca dos verdadeiramente elegantes.

Manifestação popular

A decisão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de barrar a homenagem a Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, provocou reação do Partido dos Trabalhadores (PT), que organiza uma inauguração extraoficial de um viaduto na zona sul de São Paulo com o nome da ex-primeira dama, morta em fevereiro de 2017. A inauguração estava marcada para acontecer nesta quarta (3). O ato em resposta a Doria deve ser definido em reunião no dia. As informações são da Folha de S.Paulo.

Fonte: Jornal GGN

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