#AOVIVO | ENTREVISTA ESPECIAL: Os riscos de uma nova onda fascista, com Horário Verbitsky

Horacio Verbitsky é um dos maiores jornalistas argentinos. Foi guerrilheiro dos Montoneros, na época da ditadura militar. No início da década de 1990, relatou uma série de escândalos de corrupção na administração do presidente Carlos Menem, que acabou levando à renúncia ou demissão de muitos dos ministros daquele governo.

Em 1994, ele relatou as confissões do oficial da Marinha Adolfo Scilingo, documentando torturas e execuções pelos militares argentinos durante a Guerra Suja de 1976-1983. Seus livros sobre a administração Menem e as confissões de Scilingo tornaram-se best-sellers nacionais. Desde janeiro de 2015, Verbitsky é Comissário da Comissão Internacional contra a Pena de Morte.

Verbitsky dirige o Centro de Estudos Jurídicos e Sociais (CELS), uma organização argentina de direitos humanos.

Verbitsky nasceu em Buenos Aires em 1942 e é filho do também jornalista e escritor argentino Bernardo Verbitsky . Seus avós paternos eram imigrantes judeus-russos. Desde 1960, ele ganhou aclamação nacional por seus escritos e colunas políticas, com foco principalmente no desmascaramento da corrupção política e na promoção da liberdade de imprensa, denunciando quaisquer políticas governamentais que possam afetar os direitos constitucionais de liberdade de expressão para jornalistas e cidadãos. Ele também ficou conhecido pelo apelido de “el Perro” (“o cachorro”), por sua determinação em desvendar histórias.

Durante a década de 1970, ele foi membro da Montoneros , uma organização guerrilheira peronista que estava envolvida em atividades terroristas na Argentina. Segundo ele, participou de tiroteios, durante os quais “felizmente” ninguém morreu. Ele também afirmou que não tinha funções importantes na organização Montoneros, embora os ex-comandantes dos Montoneros Juan Zverko, Rodolfo Galimberti e Carlos Patané tenham afirmado o contrário, apontando-o como a pessoa que detonou uma poderosa bomba no estacionamento do Quartel General do Exército Argentino por controle remoto em 15 de março de 1976.

Junto com Mario Firmenich e outros cinco Montoneros, foi indiciado por suposta participação no planejamento e execução do atentado à Superintendência de Segurança da Polícia Federal, em 2 de julho de 1976 – poucos meses após o golpe militar – que ocasionou 21 mortes, principalmente entre sargentos e 100 feridos. O caso, entretanto, foi encerrado em 2007 por causa da prescrição.

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