#AOVIVO | No império do ritmismo, com Chico Batera

Francisco José Tavares de Souza, o Chico Batera, iniciou sua carreira profissional em 1960, apresentando-se na boate Night and Day, em show de Carlos Machado. Em seguida, acompanhou, no Beco das Garrafas (RJ), Johnny Alf, Bossa Três e Sérgio Mendes, com quem viajou pela primeira vez para os Estados Unidos.

Em 1966, formou o conjunto Folclore, Samba e Bossa Nova, com o qual participou de um festival de jazz em Berlim. Acompanhou Luís Carlos Vinhas na boate Flag (RJ), fez parte do Trio 3-D e atuou com Sérgio Barroso e Dom Salvador, com quem se apresentou nos Estados Unidos.

Mudou-se, em seguida, para Los Angeles e começou sua especialização em instrumentos de percussão exóticos, como frigideira, tamanco, tímpano, sinos chineses, chaves, badalos, triângulo, queixada, caxixi e vibrafone. Nos Estados Unidos, gravou com Michel Legrand, Gerald Wilson, Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Quincy Jones, Joni Mitchel,Tom Jobim e The Doors, entre outros, além de ter integrado grupos musicais latino-americanos.

Em 1972, após gravar com João Gilberto no México, retornou ao Brasil. Participou, nesse ano, da gravação do disco “A matança do porco”, do grupo Som Imaginário.

Atuou ao lado de Gal Costa, em Cannes (França), e no show “Índia”, realizado no Teatro Teresa Raquel (RJ).

Em 1975, participou da gravação do disco “Numbers”, de Cat Stevens, com quem realizou duas turnês pela Europa e Estados Unidos, num total de 70 shows.

Ainda na década de 1970, lançou os discos “Ha, ha, ha” (1977), “Uno mundo” (1978) e “Ritmo” (1979).

Acompanhou vários artistas, como Elis Regina, João Gilberto, Milton Nascimento, Djavan e Gilberto Gil, entre outros.

Participou da gravação de trilhas sonoras de filmes de Hollywood com Michel Legrand e David Grosin.

Em 1989, gravou, em Londres, o disco “Cabana Cocktail”.

Nos anos 1990, lançou os CDs “Dia/noite” (1995) e “Salsa com alma” (1997).

Em 2006, lançou o CD “Lume” (Biscoito Fino), tendo a seu lado Kiko Continentino (piano) e Luiz Alves (contrabaixo). O disco contou com a participação de Marcos Nimrichter (acordeom), em duas faixas, e também de Chico Buarque, na canção “Iracema voou”, de autoria do compositor com quem o instrumentista atua, em shows e gravações, desde 1978. Também no repertório, sua composição “Acaba logo com esse choro”, além de “Quebra-Pedra” e “Mojave”, ambas de Tom Jobim, e “André de sapato novo” (André Victor Correia), entre outras. Além de seus instrumentos, toca vibrafone em quatro faixas do disco.

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