Bancários preparam campanha articulada com outras categorias

Fonte: Rede Brasil Atual

Mais de 300 bancários participaram da conferência estadual paulista, realizada neste fim de semana, e aprovaram as prioridades para a campanha deste ano, cuja pauta será aprovada no encontro nacional da categoria, dos próximos dias 29 a 31, também em São Paulo, e entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os trabalhadores querem aumento real (acima da inflação) de 5%, o que representaria um reajuste total de 14,5%, considerando a estimativa de inflação acumulada nos 12 meses anteriores à data-base (1º de setembro).  E vão articular a campanha com outras categorias que têm data-base neste segundo semestre, casos de metalúrgicos e petroleiros.

“Os bancários estão mobilizados para uma campanha forte e vamos nos unir com trabalhadores de outras categorias que fazem campanha no segundo semestre. Temos de estar preparados até para uma greve geral contra a retirada de direitos e a precarização do trabalho”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira. “Somos milhões em todo o Brasil e haverá uma grande mobilização caso avancem contra conquistas históricas dos trabalhadores.”

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von der Osten, o Betão, e a presidenta da Fetec (federação estadual), Aline Molina, afirmaram que só com os trabalhadores nas ruas será possível evitar perda de direitos. Também foi esse o tom da fala da presidenta da Uni-Finanças (sindicato global do setor), Rita Berlofa, ao lembrar que os bancários brasileiros conseguem aumento real há 12 anos. “Agora, novamente, apesar de vivermos um golpe, seremos capazes de convocar nossas bases e mostrar que ‘só a luta nos garante’.”

Entre as prioridades da campanha, além de aumento real, estão combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos, piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24 em junho, dado mais recente) e participação nos lucros ou resultados (PLR) equivalente a três salários mais R$ 8.297,61 de parcela fixa adicional, além de 14º salário. Foi incluída cláusula específica para assegurar melhores condições de trabalho em agências digitais.

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