Dois brasileiros – Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha – já venceram o prêmio Pritzker, também chamado de nobel da arquitetura. O ganhador de 2016 é o chileno Alejandro Aravena. Se fosse possível sintetizar a sua forma de ver a arquitetura, ela estaria contida nesta declaração: inclua a comunidade. De acordo com um estudo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) 85% das pessoas que fazem reformas e obras, não contam com o apoio técnico de um projeto. Mas, 70% gostariam de tê-lo. O que mais vemos por aqui é a autoconstrução que, na maioria das vezes, resulta em habitações precárias onde dormitórios não recebem a luz necessária, há umidade, mofo, bolor, infiltrações, rachaduras. Portanto, saúde precária e insegurança para os moradores. E assim será enquanto o arquiteto for visto como grife, como criador de produtos restritos e exclusivos para quem tenha muito dinheiro para pagar. A vitória de Alejandro Aravena, no Pritzker, aponta para outro caminho: o da arquitetura como direito assegurado e bem comum. E este é o tema do Bom Para Todos
