Campanhas eleitorais no cinema | Podcast do Conde

Embora poucos se deem conta, o Brasil tem um acervo interessante de filmes sobre campanhas eleitorais, em sua maioria documentários. Cineastas importantes como Glauber Rocha, Jorge Bodanzky, Eduardo Escorel, Roberto Gervitz, Adirley Queirós e Olney São Paulo trabalharam com o tema, e alguns de seus filmes se tornaram clássicos.

À medida que nos aproximamos de uma das eleições mais cruciais e decisivas da nossa história recente, em 2022, será oportuno trazer esses filmes à tona e discutir o processo eleitoral brasileiro à luz desses exemplos.

Mostra Viva a Democracia
Realização: Itaú Cultural Play
Curadoria: Carlos Alberto Mattos

Os filmes:

Maranhão 66, de Glauber Rocha (1966)
Documentário sobre a campanha de José Sarney ao governo do Maranhão

Pinto Vem Aí, de Olney São Paulo (1976)
Documentário sobre o retorno do deputado Francisco Pinto, ex-prefeito cassado e preso pelo regime militar, a Feira de Santana (BA) para apoiar a candidatura de Colbert Martins (MDB).

Braços Cruzados, Máquinas Paradas, de Sergio Toledo Segall e Roberto Gervitz (1979)
Documentário sobre as eleições no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e as greves de operários ocorridas em 1978.

Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky (1981)
Documentário que registra a viagem de campanha do folclórico senador Evandro Carreira ao governo do Amazonas através do Rio Solimões.

[Confira a lista completa dos filmes da mostra no site do Itaú Cultural]

Carlos Alberto Mattos é jornalista, escritor, pesquisador e crítico de cinema desde 1978. Escreveu para Tribuna da Imprensa, IstoÉ, O Pasquim, Jornal do Brasil, Estadão, O Globo e editou o DocBlog, sobre a produção de documentários. Foi presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro e participou do júri da crítica nos festivais de Veneza, Berlim, Moscou e Amsterdã, entre outros. É autor de diversas obras, entre elas Sete Faces de Eduardo Coutinho (Boitempo/Itaú Cultural/IMS, 2019), Cinema de fato: anotações sobre documentário (Jaguatirica, 2016), Walter Lima Jr.: viver cinema (Casa da Palavra, 2002), Maurice Capovilla: a imagem crítica (Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado SP, 2006) e Vladimir Carvalho: pedras na lua e pelejas no planalto (Coleção Aplauso. Imprensa Oficial do Estado de SP, 2008). Edita o blog carmattos.

João Moreira Salles é documentarista, produtor de cinema e fundador da revista piauí. Em 2017, junto com sua esposa Branca Moreira Salles, João doou R$ 350 milhões para o primeiro instituto privado dedicado ao fomento de pesquisa e divulgação científica do Brasil, nomeado por ele mesmo de Serrapilheira

Na Videofilmes produziu “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho, “Madame Satã”, de Karim Ainouz, “Babilônia” e “Edifício Máster”, de Eduardo Coutinho, entre tantos outros filmes.

Em 2002, João lançou o documentário “Nelson Freire”, sobre a carreira do pianista brasileiro. Durante a campanha presidencial, em 2002, João filmou os bastidores da campanha política do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, criando o documentário “Entreatos”, lançado em 2004. Em 2007 lançou “Santiago”, um documentário sobre um antigo mordomo de sua própria família.

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