Cientista pernambucana luta contra racismo, machismo e desmonte na Ciência por Bolsonaro | Megafone

O Megafone desta semana apresenta episódios de série ‘Ciência na Amazônia’ e da série ‘A palavra como flecha’, produzidos pela @amazoniareal.

00:00 – Ciência na Amazônia: Ana Carla Bruno – Para além da resistência

“Para além da resistência” é o segundo episódio da série de documentários “Ciência na Amazônia”, produzida pela agência Amazônia Real, e que conta a história da cientista pernambucana Ana Carla Bruno, mulher negra que enfrentou o machismo e racismo dentro da academia, um espaço de pouca representatividade de pesquisadoras afrodescendentes.

Antropóloga e linguista, Ana Carla Bruno, de 51 anos, é pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e professora colaboradora no programa de pós-graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Nascida em Recife (PE), ela vive na Amazônia desde a década de 1990.

A antropóloga tem refletido sobre o papel das mulheres negras na ciência brasileira. “Porque parece que o lugar que a gente tem que ocupar é o lugar de arrumar a casa, o lugar de empregada doméstica, de trabalhar em loja. É qualquer outro lugar, menos o espaço científico”, questiona.

No documentário ela conta sua trajetória nos estudos da língua dos indígenas Waimiri Atroari (Kinja) e fala sobre a falta de recursos para as pesquisas durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
“O medo começou na campanha dele [em 2018], antes dele se tornar presidente. Quando saiu que tinha ganho a eleição, foi assustador, de chorar. Era muito previsível o que vinha pela frente. Porque ele nunca enganou ninguém”, diz a cientista.

Dirigida pela jornalista Kátia Brasil, co-fundadora da Amazônia Real, a série “Ciência na Amazônia” recebe o apoio financeiro do Instituto Serrapilheira. O primeiro episódio foi lançado no dia 10 de dezembro com o título “O homem da natureza” e retratou o cientista norte-americano Philip Martin Fearnside, radicado na região amazônica há 40 anos.

19:40 – A palavra como flecha: Tiago Hakiy O Poeta Sateré Mawé
O escritor Tiago Hakiy de origem Sateré Mawé, mostra que viver em estado de poesia faz a vida florescer mesmo no isolamento. Um poeta ilhado não pelas águas no período da cheia amazonense, mas na rotina como responsável pela única biblioteca pública de Barreirinha. É a realidade de um acervo escolar que não tem nenhum dos 13 livros publicados pelo escritor ou qualquer exemplar de outros autores indígenas contemporâneos.

A terceira edição de A palavra como flecha, que apresenta as histórias de vida de personalidades indígenas da Amazônia Legal, traz a reflexão do poeta sobre o incentivo à produção e partilha da escrita como ocupação de um espaço político, poético e de afirmação da tradição. Com Tiago e o seu amor pelo rio Andirá, temos a chance de alcançar o limite da terceira margem da qual avistamos, através da oralidade e dos saberes ancestrais, o poder da floresta.

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