Cinema nacional, música popular, beleza indígena, sarau e outra dicas

Fonte: Rede Brasil Atual

Preços, horários e duração de temporadas são informados pelos responsáveis pelas obras e eventos. É aconselhável confirmar antes de se programar

O documentário Cinema Novo, que estreou no início de novembro, resgata a história de um dos mais importantes movimentos cinematográficos latino-americanos. Dirigido por Eryk Rocha, filho de Glauber, o longa-metragem é um ensaio poético que mergulha na criação do movimento e na visão de mundo e de cinema de seus diretores. Trechos dos principais filmes são costurados por declarações de Glauber, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Walter Lima Jr. e Paulo César Saraceni. Mais do que resgatar a história do Cinema Novo, o filme acaba retratando a paixão daqueles artistas pelo cinema e seus sonhos para a transformação do Brasil em um país mais justo.

RBA
Ana Esmeralda,como Hilda,em ‘São Paulo,Sociedade Anônima’, de Luíz Sérgio Person, 1965; e Othon Bastos, como Corisco, em ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, de Glauber Rocha, 1964

Música e educação

Em 2015, 360 crianças de 8 a 11 anos, alunos do CEU Celso Augusto Daniel, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, fizeram aulas de criação musical instrumental. O resultado do aprendizado está no DVD 
A Música da Gente – 2ª edição, com composições e interpretações feitas pelos próprios alunos. As músicas foram feitas a partir de sons de garrafões de água, objetos do cotidiano, instrumentos musicais inventados e construídos e de sons dos próprios corpos. O álbum do projeto concebido e dirigido pelo educador, musicólogo e compositor Carlos Kater traz ritmos como samba, rock, maculelê, música eletrônica, funk e batucada. O DVD está à venda por R$ 15 no site www.carloskater.com/loja.

INDIGENA

Beleza e resistência

Os adornos utilizados em diferentes culturas indígenas não são apenas “enfeites”. Eles podem simbolizar a identificação de etnias, resistência e, claro, embelezamento. A exposição Adornos do Brasil Indígena: Resistências Contemporâneas, em cartaz até 8 de janeiro, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, apresenta um conjunto de artefatos, fotos e filmes representativos de várias culturas indígenas de diferentes territórios. Com curadoria do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP) e do pesquisador Moacir dos Anjos, a mostra traz obras de, entre outros, Ailton Krenak, Carlos Vergara, Claudia Andujar, Delson Uchôa, Fred Jordão, Lygia Pape e Thiago Martins de Melo. De terça a sábado, das 10h30 às 21h30, e aos domingos e feriados, das 10h30 às 18h30, na Rua Paes Leme, 195, em Pinheiros, São Paulo, (11) 3095-9400. Grátis.

Ancestralidade em sarau

O Sarau das Pretas leva música, poesia e ancestralidade às periferias de São Paulo durante os meses de novembro e dezembro. O coletivo formado por cinco mulheres negras – as poetisas Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas e Thata Alves e a percussionista Tayssol Ziggy – faz intervenções de poesia, dança afro e percussão, com o intuito de promover o protagonismo e o empoderamento das mulheres em defesa de seus direitos.

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O Coletivo: intervenções de poesia, dança e percurssão

A atividade faz parte da Caravana Juventude Viva, ligada à Coordenadoria da Juventude, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. A programação completa pode ser conferida no Facebook do Sarau das Pretas: www.facebook.com/saraudaspretasSP. As atividades são gratuitas.

Trabalho e arte popular

A mostra inaugural do Museu de Arte de São Paulo, A Mão do Povo Brasileiro, em 1969, é revisitada com a exposição homônima em cartaz até 29 de janeiro de 2017, no Masp. Originalmente concebida por Lina Bo Bardi, Pietro­ Maria Bardi, pelo cineasta Glauber Rocha e o diretor de teatro Martim Gonçalvez, a mostra traz objetos e obras que propõem a “descolonização do museu” para repensar a entidade a partir de uma perspectiva de baixo para cima e as noções de arte e cultura popular. Trabalhos de Candido ­Portinari, Jonathas de Andrade, Lygia Pape e Thiago Honório ajudam o público a “compreender o significado histórico e inaugural do museu, para encontrar novos rumos e reforçar a presença da mão do povo no Masp”. De terça a domingo das 10h às 18h e quinta-feira das 10h às 20h. R$ 25, R$ 12 (meia-entrada) e grátis às terças-feiras.

CAPA CD

Histórias de um novo amor

O disco de estreia da jovem dupla Qualquer Bordô conta, em 11 faixas, a história de amor entre a curitibana Carol Kozovits (vocal) e o aracajuano Tai Britto (vocal, violão, guitarra e piano). Ingênuo como as vozes dos dois, o álbum homônimo imprime a (curta) trajetória de vida juntos, suas aventuras, desejos e inquietudes com uma sonoridade que varia entre o folk, o pop e o rock. Mesmo Sem Saber, carro-chefe que abre o álbum, narra uma viagem de família. Ainda Estou Aqui foge do tom adocicado e fala sobre “o dia em que as feridas vão aparecer”. E a nostálgica Um Outro Temporesgata o sentimento de vazio de quando um acordou e não encontrou o outro na cama.

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