CONDE ENTREVISTA: Natal dos Catadores, com Regina Lúcia e Milton Barbosa

Colabore com o Natal das Famílias da Cooperativa de Catadores Granja Julieta 2021.

PIX: Regina Lúcia dos Santos 11 99579 4826

são 14 anos realizando a festa de Natal para as filhas e filhos de catadores da Cooperativa Granja Julieta, em São Paulo. Mas sua organizadora, a educadora e militante do Movimento Negro Unificado (MNU) Regina Lúcia dos Santos não tem dúvida de que a nova edição da confraternização, prevista para o próximo sábado (18), ocorre no momento “mais difícil” do país – e da cooperativa.

A pandemia de covid-19, que já tirou a vida de mais de 616 mil brasileiros, fez suas vítimas entre as famílias dos trabalhadores. As consequências da crise sanitária também atrapalharam o recolhimento de materiais, causando diminuição da renda dos cooperados que sobrevivem da reciclagem. Com menor rendimento e alta na inflação, a fome avançou, sem ser acompanhada de políticas públicas que pudessem minimizar a situação.

Ao longo dessa última década, era comum ouvir de Regina que o MNU e movimentos sociais como a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo “só conseguiam fazer a festa porque contaram com a ajuda de muitas pessoas durante estes 10 anos”. Mas a campanha de arrecadação de fundos para o Natal das famílias da Cooperativa Granja Julieta tem uma emergência a mais em 2021, diante das novas dificuldades impostas.

O MNU calcula que pelo menos 65 crianças poderão ser beneficiadas com as doações – abertas para contribuição via PIX (confira no banner abaixo). O valor arrecadado será revertido para a realização de uma festa natalina, com aluguel de brinquedos, doces e salgados e equipamentos de proteção à covid-19. Assim como na montagem de cestas básicas de alimentos.

“Temos a necessidade de fazer as cestas, em especial porque eles (catadores) têm passado por muitas necessidades. No ano passado eu e o Milton Barbosa (cofundador do MNU) não fomos (na distribuição das cestas). Porque ele é hipertenso, eu sou asmática, os dois com obesidade e idosos. Quem foi distribuir foi minha filha e amigos que ajudam muito. E ela falou ‘mãe, se você visse a felicidade das pessoas que receberam a cesta e o frango, você não ia acreditar’. Eles tiraram foto, mas ela falava ‘você não tem a dimensão da felicidade delas’. Então a gente vai fazer uma força para comprar de novo um frango grande porque, em geral, as famílias são grandes. A gente não compra peru e essas coisas porque são extremamente caros, mas comprando um frango grande acaba fazendo o mesmo efeito”, descreve Regina.

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