Especialistas criticam as públicas para a periferia

As políticas públicas para a periferia das grandes cidades é voltada principalmente para a repressão ao jovem. Segundo especialistas reunidos na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, o descompasso entre as políticas aplicadas para regiões ricas e pobres só faz aumentar a desigualdade no país.

O 2º Seminário de Políticas Públicas da UFABC demonstrou que nas periferias o Estado se faz presente apenas com ações repressivas da polícia. Sem ações nas áreas de saúde, educação, cultura, saneamento básico, transporte e segurança, as desigualdades regionais são agravadas e, com elas, a violência.

“O olhar que os governos têm para as periferias é um olhar criminalizador. Não é que não tem (ação do Estado). Na periferia, tem muito mais polícia circulando, reprimindo. Os jovens têm constantemente controlado o seu vaivém. O problema é o tipo. Deveria ter mais, com mais recursos, nesse sentido, de criar mais equipamentos, oportunidades de esporte, lazer, acesso à formação, e tudo o mais. Não diria nem mais. Se se fizesse o mesmo que se faz no centro…”, analisa a professora Lívia de Tomamasi.

A falta de uma distribuição mais igualitária dos equipamentos públicos nas periferias afeta inclusive a mobilidade nas cidades, já que as pessoas têm que se deslocar para ter acesso a esses serviços, apontou a jornalista Lívia Lima, do coletivo Nós, Mulheres da Periferia. “Ter próximo da sua casa acesso a direitos, como educação e saúde, facilita que a gente tenha uma vida mais tranquila, até em questão de mobilidade e transporte”, afirmou.

Texto: Rede Brasil Atual

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