Ética e Democracia como método: a Frente e o processo eleitoral nos conselhos de psicologia

Ética e Democracia como Método: a Frente da Psicologia em defesa da Democracia e o processo eleitoral nos conselhos de Psicologia

Este é o título do evento debate que realizaremos, por indicação da Convenção do Cuidar da Profissão realizada em 14 de novembro de 2021, assim como pelo Colegiado Nacional que foi instalado no dia 06 de janeiro último.

A ênfase desta iniciativa recai na importância que o Cuidar atribui à democracia e à ética como marcas de todas situações que vivemos, inclusive dos diversos processos eleitorais. Transparência, rigor ético, debates de ideias, fortalecimento da esfera pública, respeito aos processos e acordos, assim como pelos adversários, a apresentação de plataforma que anuncie o projeto que se defende como chapa para a psicologia brasileira e para o Brasil são condições imprescindíveis para que as eleições sejam democráticas.

Nos colocaremos, como Cuidar, na defesa e no apoio aos processos, inclusive eleitorais, para garanti-los democráticos. Psicologia só rima com Democracia.

Uma leitura mais aprofundada da conjuntura deixou claro que, desde o golpe de 2016 e principalmente a das eleições de 2018, a vida da cidadania brasileira vem sofrendo revezes. Os ataques à Democracia, sempre materializados também no desmonte das políticas públicas, visam impor à gente brasileira uma ruptura no processo civilizatório que vinha sendo construído a milhões de mãos no país.

Diferentemente de outros momentos, quando a Psicologia chegou a oferecer títulos honoríficos a golpistas, no momento do golpe nossas entidades foram capazes de reagir em defesa das políticas públicas e da Democracia. Após as últimas eleições presidenciais, nossas entidades representativas foram céleres em participar das iniciativas de resistência ao desmanche do processo civilizatório humanizador. Na mesma direção, no processo eleitoral para os Conselhos em 2019, foi constituída uma Frente marcada pela defesa da Democracia, que apresentou chapas em quase todo o Brasil e ao Conselho Federal de Psicologia.

A resposta da categoria foi clara. Setenta e cinco por cento de profissionais da Psicologia que compareceram às urnas votaram nas chapas que resistiam ao desmonte da Democracia e das Políticas Públicas.

Compreendemos que o surgimento e manutenção do Movimento Cuidar da Profissão tenham sido fundamentais para a constituição dessa situação. Tanto pela consistência e estabilidade nas proposições que implementou junto às entidades da Psicologia, quanto por ter tomado a iniciativa de fazer o chamado para a constituição da Frente.

Compreendemos que a constituição da Frente não possa ser tratada como algo episódico, destinado a algum processo eleitoral específico. Os problemas políticos que temos que enfrentar exigiram e exigem de nós a busca de um máximo de confluência de forças democráticas e voltar a propor à gente brasileira um processo civilizatório humanizador. A organização do Movimento Cuidar da Profissão precisa se fortalecer como forma de colaborar para que a Frente seja o mais capaz, consistente e corajosa possível.

Nossa forma de contribuir para que a Frente da Psicologia em Defesa da Democracia ganhe força e consistência é oferecer aquilo que construímos de melhor. Além da nossa organização, a exemplo do que foi construído em nossa V Convenção Nacional, devemos propor que a Frente assuma como centro de sua estratégia o combate ao racismo, o enfrentamento da fome, a atenção adequada ao desenrolar e efeitos da pandemia, assim como a luta para impedir que as forças de extrema direita cresçam no país. Eis o crivo para o estabelecimento de um programa mínimo e para a avaliação das iniciativas que sejam empreendidas.

A nação brasileira precisa contar com uma Psicologia com Compromisso Social. E a Psicologia precisa contar com forças políticas organizadas, como o Cuidar da Profissão, para poder dar conta dos desafios que está e estará enfrentando no próximo período.

Não deixem de participar, acompanhem a live que realizaremos no dia 11 de fevereiro, com a coordenação do Conde e a participação de Marco Aurélio Carvalho do grupo Prerrogativas, Marcos Ribeiro Ferreira e Ana Sandra Fernandes.

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