Frente Parlamentar combate CPI que precariza universidades federais

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Nesta quarta-feira (08), Frente Parlamentar foi criada na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) em combate a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pelo deputado Wellington Moura (PRB) A proposta da CPI cria uma ofensiva contra as universidades públicas do estado, afirma a oposição.

Deputados estaduais de São Paulo criam frente parlamentar em defesa da universidade pública

Rede Brasil Atual – Para barrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa a atacar as universidades públicas de São Paulo, foi criada, nesta quarta-feira (8), uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A frente parlamentar foi convocada pela deputada Beth Sahão (PT) e é uma resposta ao projeto de autoria de Wellington Moura (PRB), parlamentar da base do governo de João Doria (PSDB). A proposta do governo é investigar as contas da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Oposicionistas na Alesp afirmam que o texto para a criação da CPI é vago e tem a intenção de atacar a diversidade de ideias no ambiente acadêmico. “O ataque da extrema-direita às universidades não vem só pelo viés financeiro, eles tem projeto obscurantista, antidemocrático, que é tudo que a gente luta contra”, explicou Raquel Melo, diretora da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

Objetivo da Frente é barrar a CPI que visa a atacar as universidades públicas de São Paulo

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado do PRB disse que a CPI analisará “gastos excessivos com funcionários e professores”. Ele ainda criticou o que considera “aparelhamento” da esquerda nas universidades públicas paulistas.

“Estão querendo deixar as universidades a pão e água, para poder fechar cursos, demitir professores e não abrir vagas para novos cursos. Tudo isso é sempre premeditado por eles. Nós teremos uma reação das universidades e a opinião pública”, disse a deputada Beth Sahão, em entrevista à repórter Dayane Ponte, da TVT.

A frente parlamentar quer mostrar que já existe transparência nos gastos dessas instituições e que qualquer mudança precisa ser discutida amplamente. E destaca a importância de investimentos na área da educação. “Não adianta ter uma visão utilitarista, como está sendo expressa, como se o ensino público só seria legítimo para áreas de utilidade imediata”, disse a professora de Sociologia da USP Sylvia Geminiani.

Cortes de verbas  vai afetar o desenvolvimento de tecnologia 

Joaquim Adelino de Azevedo, vice presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos de São Paulo (APQC), alerta que os cortes de verbas e a falta de contratação de novos pesquisadores podem afetar o desenvolvimento de tecnologia para o estado.

“Muitos trabalho estão deixando de ser executados e ainda temos um outro problema sério nos institutos, que é a não reposição do pessoal que está aposentando. Sem recursos para os institutos, não há novas contratações”.

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