Live do Conde! Golpe à vista?

Nunca se falou tanto em golpe. Nove entre dez analistas cravam que o processo de golpe está positivo e operante. A tensão entre TSE e Forças Armadas segue forte. Entre STF e Executivo, idem. Blefes, ameaças, lambanças… Bolsonaro foi bem-sucedido em plantar a discórdia entre poderes e militares.

Quando vemos um Edson Fachin ou um Rodrigo Pacheco defendendo o bom encaminhamento do processo eleitoral chega a dar medo. Ambos têm as falas vazias, ingênuas e impregnadas de demagogia barata.

“Mas há Luís Roberto Barroso”, diria a cuidadora da Velhinha de Taubaté. Sim, há Luís Roberto Barroso, que consegue ser pior que os dois supracitados.

É um volume de equívocos, de desencontros, de enunciados tolos, de fraquezas, de inocência, que o inusitado agora seria não haver um golpe.

E como se daria esse golpe?

É aí que também mora a meridiana ingenuidade das classes políticas de turno.

Não será com um tanque de guerra subindo a rampa do Planalto. Nem com uma legião de fanáticos balbuciantes depredando o STF.

O golpe virá justamente de onde menos se espera: das urnas eletrônicas.

Calma. Eu explico.

Imaginem a seguinte situação: Ciro não abre mão de seu projeto pessoal e rumamos para o segundo turno. No sábado, 29 de Outubro, o Datafolha publica sua última pesquisa antes do segundo turno, cravando Lula com 54% e Bolsonaro com 46%.

Vamos dormir felizes e confiantes.

Votamos felizes e confiantes. Tomamos o café da tarde felizes e confiantes.

Eis, então que chega a pesquisa boca de urna, dando 52% para Lula e 48% para Bolsonaro.

Um frio na espinha.

Cai a noite. Bolsonaristas comemoram pelo país (porque é óbvio que eles não vão acreditar que perderam).

E chega a primeira parcial da apuração: com 87% dos votos apurados, Bolsonaro aparece com 51% e Lula com 49%. Últimos estados a serem apurados serão da região Norte e Centro-oeste.

Quem vai contestar as urnas eletrônicas?

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