Marilena Ferreira defendia o uso de livros e o fim das armas por uma sociedade de paz e justiça e foi a primeira a ser morta no massacre da Escola Raul Brasil, em Suzano. O senador major Olímpio, da bancada da bala, disse que se os professores estivessem armados, a tragédia poderia ser minimizada. Especialistas condenaram a fala do parlamentar e defenderam um grande pacto da sociedade para tornar a juventude brasileira menos violenta.
Um adolescente suspeito de ter participado no planejamento do massacre de 8 pessoas em escola de Suzano na grande São Paulo, se apresentou a Justiça nesta sexta-feira justiça. O jovem de 17 anos anos prestou depoimento e foi dispensado.
Uma nova passeata em memória das vítimas foi realizada no centro do município.
Professores, estudantes e familiares percorreram as ruas do centro da cidade em silêncio, em memória das vítimas. Os manifestantes pediram justiça, defenderam a educação para combater a violência e a não liberação das armas. Especialistas analisaram massacre sobre diversos aspectos.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara a declaração do senador Major Olímpio de que se os professores estivessem armados poderiam evitar a tragédia em Suzano foi irresponsável.
“O senador quis ser demagógico na colocação para defender os grandes aliados dele, que são aqueles que atuam na indústria de armas. Ele acabou colocando uma posição que é extremamente danosa pro debate público brasileiro”, disse Daniel Cara.
Daniel cara ainda lembrou que gestos que fazem alusão a uma arma de fogo também contribuem para promover o ódio na sociedade.
“Bolsonaro não pode ser responsabilizado criminalmente sobre o que ocorreu em Suzano, mas ele é o responsável político, ele todo o grupo deles são responsáveis políticos pelo que aconteceu em Suzano por um motivo simples: eles promovem o ódio, eles promovem a cultura da exclusão do outro, as falas que ele normalmente profere são falas que são odiosas”.
O advogado e membro do Condepe, Ariel de Castro ressalta que a atual conjuntura política do país estimula casos extremos de violência como ocorrido em Suzano.
“Esse governo encoraja os grupos extremistas, os grupos de extrema direita, os grupos que defendem assassinatos de pobres, os grupos que defendem o ódio a intolerância, a discriminação, a homofobia. Infelizmente nós podemos ter a partir de agora a abertura de uma era de massacres cometidos em escolas, mas que podem ser cometidos em qualquer lugar”, disse Ariel de Castro.
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