O que é ser esquerda no Brasil? Com Vladimir Safatle | Podcast do Conde

Vladimir Safatle é filósofo, escritor e músico. É professor titular da cadeira de Teoria das Ciências Humanas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Sua produção intelectual concentra-se nas áreas de epistemologia da psicanálise e da psicologia, filosofia política, Teoria Crítica e filosofia da música.

É também professor convidado e pesquisador em outras universidades e instituições europeias, africanas e norte-americanas (Paris I, Paris VII, Paris VIII, Paris X, Toulouse, Louvain, Stellenboch Institute of Advanced Studies/Africa do Sul, Essex, Berkeley).

Além da atividade acadêmica, Safatle é compositor, tendo composto trilhas sonoras para peças de teatro como Leite Derramado e Caesar, ambas de Roberto Alvim. Pela última, recebeu o Prêmio Aplauso de 2015 por Melhor Trilha Sonora Original. Em 2019, lançou, juntamente com a cantora Fabiana Lian, o álbum Músicas de Superfície, com peças para piano e voz compostas entre 1994 e 1998. Em 2021, lançou o álbum Tempo Tátil, pelo Selo Sesc.

Entre 2010 e 2019, foi colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo. Atua constantemente em programas televisivos, tendo sido comentarista político do Jornal da Cultura por quatro anos. Atualmente, é colunista do jornal El País.

Com participação política ativa, ministrou várias aulas públicas em greves e eventos de ocupação como “Ocupa Sampa” e “OcupaSalvador”. Foi convidado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a tornar-se candidato ao Governo do Estado de São Paulo na eleição de 2014. No entanto, a candidatura não prosperou por divergências internas.

Vladimir Safatle é um dos responsáveis pela edição brasileira das Obras Completas, de Theodor Adorno (Editora Unesp) e publicou, em 2019, Dar corpo ao impossível: o sentido da dialética a partir de Theodor Adorno , no qual procura interpretar a dialética negativa adorniana como uma forma de dialética emergente animada por uma processualidade contínua. Ainda organizou, juntamente com Edson Telles, um importante estudo sobre a ditadura militar e suas ramificações no presente, intitulado: O que resta da ditadura: a exceção brasileira (Boitempo, 2010), além de estudos sobre o colapso da esquerda brasileiras e seus modelos (Só mais um esforço). Publicou também contribuições à filosofia da música, à crítica da cultura e à teoria psicanalítica, assim como assinou a introdução à tradução brasileira de obras de filósofos contemporâneos como Slavoj Žižek, Alain Badiou e Judith Butler.[carece de fontes]. Pela Editora Ubu é coordenador da Coleção Explosante, que publicou livros de Alain Badiou, Carlos Marighella e Frantz Fanon.

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