Um estado com o sistema saúde saturado e totalmente colapsado. Sim, estamos falando de Manaus, que mais uma vez ocupa os noticiários. Diante do desespero daqueles que enfrentam o coronavirus do jeito que dá, e fazem o impossível para tentar salvar vidas, fica a pergunta: como e por que o governo Bolsonaro deixou o amazonas chegar a esse ponto? Aliás, pergunta que deverá ser respondida pelo Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já que o Ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal determinou que ele será interrogado pela Polícia Federal nos próximos dias. A audiência faz parte de um inquérito para apurar a responsabilidade do ministro no colapso do sistema de saúde de Manaus. Lewandowski deu um prazo de dois meses para a conclusão das investigações. Concluída essa fase, a Procuradoria-Geral da República decidirá se existem elementos suficientes para pedir que o ministro seja processado. A PGR solicitou a investigação de Pazuello por suposta omissão na crise que provocou dezenas de mortes por asfixia nos hospitais da capital amazonense devido à falta de oxigênio. O Procurador-Geral, Augusto Aras, cita documentos apresentados pelo próprio Ministério da Saúde, que admitiu ter sido alertado para a “falta de oxigênio iminente” pela empresa fornecedora no último dia 8 e ter iniciado a distribuição desse insumo “apenas em 12 de janeiro”. O amazonas sofre com um novo fortalecimento da pandemia, que, segundo especialistas, pode ter sido agravada pelo surgimento de uma variante local possivelmente mais contagiosa.
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