Diferentemente do que disse o ONU o atual presidente da república, para ajudar no combate aos incêndios no pantanal, um programa de reinserção social do sistema penitenciário do Mato Grosso conta com a ajuda de dez presos. Próximos de cumprir o fim de suas penas, os detentos auxiliam os bombeiros a controlar as chamas e resgatam e alimentam os animais. A equipe fez um curso com o corpo de bombeiros e ajuda a combater as chamas e resgatar e alimentar os animais. Eliseu dos Santos, disse fica triste e orgulhoso ao mesmo tempo: preso há dez anos, ele agora integra uma brigada de voluntários que luta contra os incêndios no pantanal. A gente, quando chegou aqui, viu que as coisas estão muito escassas, porque falta de água, falta de alimentos, muitos bichos morrendo. Então, é uma tristeza enorme que a gente viu, como eu disse, a gente não tinha consciência do que estava se passando. Hoje eu me alegro de estar aqui ajudando e me entristeço ao mesmo tempo de estar sabendo de tudo o que está acontecendo porque hoje eu estou vendo com meus próprios olhos.” Os trabalhos são realizados ao longo da rodovia transpantaneira, que se estende por 150 quilômetros de Porto Jofre a Poconé, no Mato Grosso. A iniciativa faz parte de um programa do sistema penitenciário do estado. O programa é importante para ajudar no combate às chamas e também para ressocializar os presidiários. Muitos querem se reintegrar à sociedade, mas os antecedentes criminais ainda são uma barreira para que consigam emprego. É grande a luta para salvar a maior área úmida do planeta, que se estende por Brasil, Bolívia e Paraguai. Segundo dados oficiais, desde janeiro até o fim de agosto as chamas consumiram 18.646 km2, mais de 12% do bioma do lado brasileiro. O fenômeno foi provocado em grande parte por queimadas que saíram do controle.
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