S.O.S. Florianópolis, com Marcos Ferreira, Zoraia Vargas e convidados | Podcast do Conde

Há uma sanha destruidora que dirige a construção dos planos diretores em Florianópolis. Sempre a favor da especulação imobiliária, do empresariado, da construção civil.

Tanto é assim, que todos os últimos prefeitos gastaram energia para emperrar, travar ou impedir a participação da sociedade nessa construção, ainda que com resistência de atores populares.

Num país onde Vereadores se sentem no direito de cassar colegas porque falaram a verdade (alguma vez, por racismo) e se sentem com liberdade para expor sua visão xenófoba e homofóbica, corremos o risco de ver mais uma agressão à cidade ser deliberada por representantes legislativos que nunca consultaram a sociedade sobre isso.

No caso do Plano Diretor de Florianópolis, nenhum deles colocou em sua plataforma eleitoral as agressões que querem cometer contra o desenho da cidade.

Pobre Florianópolis, pobre Santa Catarina. Só ganha espaço na imprensa nacional pelos escândalos dos seus dirigentes. Um prefeito é preso por envolvimento com equipamentos de espionagem, outro é questionado por corrupção no trato do lixo urbano, um governador inventa a tese do Marco Temporal para expropriar terra indígena, outro governador coloca a máquina do estado à disposição da defesa dos terroristas que depredaram os palácios dos três poderes, meia dúzia de prefeitos presos num amplo esquema de corrupção em torno de resíduos sólidos, um vereador tenta agarrar uma colega de parlamento em plena sessão da Câmara. Sempre iniciativas que cobrem nosso estado de vergonha cívica.

Mas há quem lute por fazer de Florianópolis uma referência positiva. Para contrapor a esses ataques da especulação imobiliária ao meio ambiente e evitar a contaminação de Balneário Camboriú, um coletivo de profissionais merecedores de reconhecimento social elaborou uma proposta a partir do movimento social e popular, que foi entregue na Câmara Municipal de Florianópolis.

Lino Fernando Bragança Peres, arquiteto e professor Aposentado da UFSC, Doutor em Urbanismo, membro da Coordenação Colegiada do Fórum da Cidade, presidente do Instituto Cidade e Território e membro do BR Cidades e do IBDU (Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico) e membro do Grupo de Trabalho de revisão do plano diretor que elaborou a proposta do movimento popular.

Zoraia Vargas Guimarães, Arquiteta e Urbanista, Mestre em Engenharia Sanitaria e Ambiental. Presidente da Associação de Moradores da Lagoa do Peri, Presidente do Núcleo Grande Fpolis do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

João de Deus tem graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (1984), mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1989) e doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (1993). Professor aposentado do Departamento de Botânica (BOT-CCB-UFSC). Ex Chefe do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, e ex Diretor do Centro de Ciências Biológicas (CCB-UFSC). Ex-Diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, ex-Diretor do Departamento de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, e atua como professor e orientador no programa de pós-graduação em Perícias Ambientais Criminais da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Anatomia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas ambientais, mata atlântica, biodiversidade, anatomia, biotecnologia e impacto ambiental.

Marcos Ferreira é mestre em Psicologia Social pela Universidade de Brasília (1984) e doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997).

Foi professor, por dezesseis anos, na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou nesse período no ensino de psicologia organizacional, ética profissional, história e epistemologia da Psicologia, Psicologia do Trabalho e Psicologia Ambiental.

O tema em que orientou maior número de dissertações de mestrado foi o do sentido humano do trabalho.

Participou da organização de inúmeras fontes de informação da psicologia no Brasil, incluindo incluindo a concepção e produção da Biblioteca Virtual da Psicologia (www.bvs-psi.org.br), e da Biblioteca Virtual Latinoamericana de Psicologia.

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