Em São Bernardo, parque ameaça permanência de moradores

Moradores do Pós-Balsa, em São Bernardo do Campo, precisam provar à Prefeitura, nos próximos dias, a propriedade dos terrenos que ocupam, em muitos casos há décadas. O temor da comunidade é de que a Prefeitura do PSDB queira desalojá-los para criar na região um parque ecológico.

Prefeitura pode tirar moradores de bairro para criar no local um parque ecológico

Nos próximos dias, os moradores do pós-balsa em São Bernardo do Campo precisam provar para Prefeitura que são donos da propriedade dos terrenos que ocupam. Muitas pessoas, moram no local há mais de uma década.

O temor da comunidade é de que a Prefeitura, administrada pelo tucano Orlando Morando, queira desalojá-los para criar na região um parque ecológico.

Moradores precisam provar em até 10 dias que são moradores de suas próprias casas

Na última quinta-feira, os moradores do pós-balsa, região periferia de São Bernardo do Campo, estranharam a chegada de tantas autoridades de uma vez só.

A ação, realizada entre a guarda civil, a CETESB, Enel e as polícias militar e ambiental, foi feita para notificar os moradores do prazo de 10 dias para comparecer à administração municipal.

“Foi muito assustador, porque fui abordada logo já de manhã quando sai para ir trabalhar e eu ainda estou sem saber o que aconteceu. Foi assustador. Muita polícia”, disse a moradora Maria Conceição.

Muitos moradores vivem há décadas na região

Dona Yolanda Feliciano, de 67 anos, estava em casa, quando o comboio chegou.

“Se tiver de sair, vamos ter que sair. Não temo o que fazer. Mais não gostaria que isso acontecesse. São muitas pessoas aqui. Eu gosto muito daqui, pois criei meus filhos sendo que a filha mais velha tem 44 anos e nasceu aqui, disse Yolanda.

Região do pós-balsa sofre com falta de estrutura

A vida no pós-balsa em São Bernardo do Campo não é fácil. São 10 bairros onde moram cerca de 19 mil pessoas. O acesso à internet é precário, falta luz e quando o caminhão pipa não vem, o jeito é andar pelo menos 200m até uma bica d’água.

De acordo com o presidente do Fórum Social do pós-balsa, Edivaldo Mendes, o Babul na gestão municipal anterior havia um plano de urbanizar para região. Mas o projeto não teve continuidade.

“Infelizmente foi paralisado. Havia Orçamento Participativo e a população fazia as demandas, discutia as demandas, e uma das demandas que entrou para ser discutido com a administração passada foi o Plano de Manejo e Regulamentação Fundiária e o objetivo era trazer mais conforto e planejamento para região. A população daqui é contra desmatamento, nós precisamos de urbanização. A intenção da administração local é tornar a região em um parque ecológico, não que eu seja contra, mas a moradia é um direito de todos”, concluiu Edivaldo.

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