A possível escolha para Michel Temer substituir José Serra no Ministério das Relações Exteriores, logo após a súbita renúncia ao Itamaraty pelo tucano, é o nome do líder do governo no Senado e vem do outro lado da sigla, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O senador já havia manifestado que se feito o convite por Michel Temer, o parlamentar, que foi o vice na chapa derrotada de Aécio Neves à Presidência, em 2014, aceitará a possibilidade de ser o novo chanceler brasileiro.

Aloysio afirmou a aliados que considera aceitar o convite oficial para assumir o Itamaraty em nome “do partido”. Com a opção, Aloysio se distanciará, novamente, dos planos de tentar ser governador de São Paulo em 2018.

Antes de tomar a palavra final, reportagem da Folha de S. Paulo traz a informação de que Michel Temer deve, contudo, conversar ainda nesta semana com o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB. O senador tem sido o principal aliado e consultor de Temer na escolha ministerial.

Foi Aécio que levou o nome do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso, para o Ministério da Justiça. Agora, o senador deverá comentar sobre a opção de colocar Aloysio no cargo de Relações Exteriores, após o tucano paulista ser aventado para a sua chapa na última disputa presidencial.

A intenção é tomar a medida o mais rápido possível. Por isso, com a já carta verde de Aloysio, uma vez que o PSDB, por meio de Aécio, confirme a escolha, Temer tentará nomear Nunes e Osmar Serraglio, o escolhido para a Justiça, no mesmo evento de posse conjunta, já na próxima segunda-feira (6).

O partido que tem o cargo no governo Temer também havia apresentado o nome do senador Antonio Anastasia (MG). Mas Temer mostrou que a sua preferência era por Aloysio, que ainda soma apoio junto ao embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, que foi o porta-voz do governo de Fernando Henrique Cardoso.