Universitários criam projeto que une antropologia e comunicação

Fonte: Rede Brasil Atual

Estudantes da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) criaram o Núcleo de Etnografia Urbana e Audiovisual (NEU). Coordenado pela professora Isabela Oliveira Pereira da Silva, a intenção é ampliar o debate entre as áreas humanas da antropologia e da comunicação. “Para isso, investiga-se grupos na cidade, como também sobre questões e temas em que o espaço urbano é chave”, afirma o grupo em sua página na internet.

Na prática, o projeto prevê a criação de ensaios fotográficos e vídeos, “abrindo uma ampla discussão não só para novos temas e debates em que a cidade e o urbano são colocados em questão e também desenvolver discussões metodológicas que envolvem pesquisa na e da cidade, bem como reflexões sobre autores que contribuíram para os estudos urbanos e formas de representação da cidade”.

Um dos projetos finalizados pelo grupo está disponível na internet e se chama Paulista Aberta. Com direção da estudante Kelviane Lima, o trabalho reúne relatos de diversas fontes, como professores e usuários do projeto da prefeitura de São Paulo que abriu a via para pedestres aos domingos. O projeto desenvolvido pela gestão de Fernando Haddad (PT) está em vigor desde 18 de outubro do ano passado, e faz parte de uma operação maior, chamada Ruas Abertas, que prevê atitudes semelhantes em outros locais da cidade.

“Nenhuma cidade no mundo é feita para carros. Todas as cidades são o local onde as pessoas vivem, para as pessoas viverem (…) Precisamos entender a cidade, o espaço público, não com objetivo de ser um local de deslocamento, e sim um lugar para viver. O objetivo não é origem e destino, e sim o percurso. A rua não deve ser feita para circular, mas para ao circular, viver a cidade”, afirma a arquiteta e urbanista Letícia Lemos, no documentário.

A organizadora do projeto também participa do vídeo sobre a iniciativa do Paulista Aberta. “Esse projeto, além da questão de abrir a Paulista, abre a discussão do espaço público e do direito à cidade. Essa é uma discussão mais do que relevante e vem junto com a discussão do transporte, da violência, da educação, que é o uso do espaço público. Ela é relevante do ponto de vista de sua efetividade política e contribui para a discussão”, afirma Isabela.

Assista ao documentário Paulista Aberta:

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